Retrospectando vintetreze, coisas vistas, lidos e escritos, sons ouvidos, lugares idos, momentos vividos, ideias realizadas, top talvez treze, mas perdi a conta.
*Dirigir o espetáculo Amado, dedicado ao brilhante único disco, de 1972, spiritual samba e jazz profundo, de Amado Maita (1948-2005), criado ao lado de sua filha Luisa Maita e com grandes participações de Ed Motta, BNegão, Tiganá Santana, Bruno Morais e Curumin, com a direção musical e incríveis arranjos de Marcos Paiva, ao lado de seu mágico sexteto MP6, em fevereiro no Sesc Pinheiros.
*Mergulhar na obra de Baden e Vinicius (e além) e na amizade com Décio 7 e Guilherme Held para a criação do gran show Afrosampa, em novembro no Sesc Vila Mariana, dirigido por eles, com ajuda minha na pesquisa e participação de Criolo, Juçara Marçal, Marcelo Pretto e Kika, além de músicos especiais como Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Mauricio Badé, Cuca Ferreira, Romulo Nardes, Douglas Antunes e Daniel Gralha.
*O livro How Music Works, de David Byrne, obsessão ali por volta de setembro/outubro e aprendizado intenso a cada página.
*O filme “Era Uma Vez Eu, Verônica“, de Marcelo Gomes, além de “Eu Ouviria as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios“, de Beto Brant e Renato Ciasca, e “Pina 3D“, de Win Wenders, todos assistidos no Cinesesc em abril em duas tardes agradabilíssimas dentro da mostra de melhores filmes do ano (e “Verônica” repetido dentro da mesma mostra em dezembro). E “Antes da Meia-Noite“, de Richard Linklater, e “Django Livre“, de Quentin Tarantino.
*Conhecer em julho a incrível cidade modernista de Cataguases na Zona da Mata Mineira e participar do ótimo ciclo de debates Fórum Dissonâncias, ao lado de Pena Schmidt, Leonardo Lichote, Alex Antunes, Marcus Preto e Romulo Fróes.
*Frequentar a Mooca com o grande parceiro (dez anos trabalhando juntos!) Eugênio Vieira, visitar Jorge e os sebos Jovem Guarda e Presentes do Passado (rua da Mooca números 2631 e 3401) e com vários amigos grandes DJs realizar a série Garimpo, além das tardes com Seu Lino.
*Em ano em que tirei o pé do acelerador de discotecagens, as poucas mas boas festas ao lado dos chapas de Veneno, Peba Tropikal e Mauricio Fleury, como no Boteco Pratododia, clube mais legal descoberto no ano.
*Conversar com Emicida, Tulipa, Thiago Pethit, Lucas Santtana, Bixiga 70, Curumin, para uma quase história oral do estado da música online, gratuita, distribuída, vendida, prensada hoje, a convite do editor e brother Alexandre Matias, e com direção de arte nota 10, reportagem de capa na revista Galileu em março – e que me fez depois cair na prova no vestibular da UNESP.
*Conversar com Roy Ayers, Nile Rodgers, Ron Carter, Naná Vasconcelos, Charles Bradley, Questlove, Leo Nocentelli e outras figuras fantásticas para reportagens na Folha Ilustrada ao longo do ano.
*Fazer curadoria para o Cultura Inglesa Festival de artistas brasileiros em shows especiais de inclinação inglesa, escolhendo três atrações para uma ser a abertura do festival em maio de 2014.
*Os shows que vi de Metá Metá com Tony Allen na Serralheria em junho, Tulipa no Sesc Pompeia em setembro, as versões em vinil do disco de Tulipa e de Lucas Santtana, o relançamento de Carlos, Erasmo em LP, mais vários álbuns legais como o segundo do Bixiga 70 (também em vinil), o primeiro da Luz Marina, Feras Míticas do Garotas Suecas, a caixa Mestres Navegantes realizada por Betão Aguiar e o compacto Bruno Morais Contra a Vontade do Chão, entre tantos discos legais lançados este ano que ouvi e tantos ainda por ouvir.
*Entrar para a era dos telefones inteligentes, Android, Instagram e a coisa toda.
*Encontrar mais meu ídolo e amigo João Donato no Rio e em São Paulo e fazer planos juntos para 2014.